Quando é hora de bater em retirada: o espaço que é dos pais, e só deles.
- raissavolker
- 8 de abr. de 2019
- 1 min de leitura
Atualizado: 21 de mai. de 2019

Na inércia de nutrir e proteger com nosso leite e nosso olhar, esquecemos de respeitar o espaço legítimo, necessário e fundamental do outro, no caso, o pai. Esquecemos que a relação pai e filho não nos atravessa. É uma relação que o filho precisa vivenciar, uma entre tantas outras sobre as quais não podemos nem devemos ter controle. Mas não é como tantas outras no sentido de ser central. Não podemos interferir nem poupar, sem pagar o preço de privar as crianças desse pilar. É claro que há relações abusivas ou violentas das quais a gente precisa proteger, junto com uma rede de apoio. Mas aqui falo de relações saudáveis. Tantas vezes, sob nossa lente, ela é insuficiente ou falha. Mas, além de ser a nossa lente, o mais importante é que ela seja autêntica e isso automaticamente nos convoca a bater em retirada. Aos pais: se posicionem no seu espaço, abram os caminhos, façam questão, estejam presentes, expressem desejo, tenham amor ativo. O tempo passa e os olhinhos buscam outros rumos, ainda que o coração pra sempre, de jeitos diferentes, precise de pai.
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