O dia em que virei uma rata
- raissavolker
- 8 de jul. de 2019
- 2 min de leitura
Domingo de manhã, dia de levar as crianças com a comadre pra ouvir histórias no parque com @osburiti . Amei! Coisa linda de viver!. É música, é pano, é história, é pandeiro, é bicho de madeira... e daqui a pouco começa a brincadeira. Eu tava adorando, já imitando uma cobra e mil vezes uma ratinha, ao som da gaita (que me lembra meu avô).
De repente, olhei em volta: de adulto, por perto de mim, só eu brincando comigo mesma. (Assim, sem contar aqueles adultos que brincam olhando pros filhos, assim performáticos, só pra eles verem o que eles estão fazendo e imitarem. Já viu? Não estão curtindo. Estão sedentos para comprovarem que o passeio valeu a pena. Se desdobram em mil pras crianças aproveitarem até a última gota segundo os critérios deles, traduzindo tudo que acontece ali. Quem nunca? Pois é...). Por que é que adulto não brinca? Onde é que perdemos a permissão por essa leveza? Onde é que passamos a precisar de permissão?
Me vendo a única grande (e grande das grandes) brincante, no meio de pequenininininhos e uma plateia de adultos, congelei entre a vergonha e o pasmo. Na verdade, comecei na primeira e sentei séria do segundo. Depois notei que eu mesma tinha parado. Então larguei esses dois de lado, a vergonha e o pasmo. E abracei a brincadeira. E, vou te contar, minha ratinha é uma baita curiosa. Amei descobri-la! Amanhã, minha semana vai começar de outro lugar (na verdade, começou ali mesmo).
(Sobre @osburiti , quem não conhece, não só segue, PERsegue! Perseguir é pra essa gente de olhar quentinho que transforma o mundo da gente, que merece palavra que começa com P de Pessoa, de Pessoalmente. PerSeguir é seguir aí no botão, mas também ir mesmo onde elas forem, porque elas te levam mais longe, lá pra trás, lá pra frente, lá pro fundo e pra cima.......).
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