“Me sinto nascida a cada momento para a eterna novidade do mundo”
- raissavolker
- 29 de jun. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 8 de jul. de 2019
“Amor, semana que vem vou encontrar o Lipe”
Gabriel pergunta: “quem é Lipe?”
“É... é um... 🤔 ... é um inventador de brincadeiras” (porque, vc sabe, “inventor” é muito curto pra algumas pessoas assim, de alma criança... esses são inventadores! ❤️)
“Ah, eu também sou assim. Invento muita brincadeira!”
“É mesmo! Então vocês estudaram na mesma escola!” (De onde eu tirei essa fala que aqui confesso, não me pergunte 🤭)
Mas ouvir a resposta valeu:
“Não, mãe, pra isso a gente não estudou em escola não. Em escola, a gente não inventa brincadeira. Na escola, a gente aprende as brincadeiras que já inventaram”.
...
A profundidade dessa fala. Só pára um pouco pra sentir. Não dá pra inventar, mas aprender o que já se inventou. “Menina, não inventa!” Já ouviu?
Há os que resistem e insistem em inventar outros jeitos (neles, ou ritalina ou não sei... as biografias de alguns que já cresceram, expulsos da escola, nos contam que transformaram a História com suas invenções de menino danado). No mais, a grande maioria simplesmente desiste de inventar 💔 e só reproduz os velhos jeitos de “brincar”. Agora, só que onha aqui comigo: se todas crianças pudessem estar em espaços acolhedores para inventar (onde os educadores pudessem ter condições, tempo e sossego para acolher). Uma nova brincadeira, uma nova proposta, uma nova lógica, uma nova arte, uma nova saída, um novo jeito... o que já inventaram a gente não precisa decorar, taí na palma da mão. Quero ver criança inventora, olho brilhando, criança perguntadeira. Você também? Vamos juntos então. Mas segura aí, que ela vem logo desconstruindo. E dá trabalho esse história de se reinventar junto com esses inventadores. Mas, como viveu Alberto Caeiro, “me sinto renascida a cada momento para eterna novidade do mundo”... #educacaolivre #respeito #criatividade #desescolarização
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