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Mãe, você não precisa de um manual pra me criar!

  • Foto do escritor: raissavolker
    raissavolker
  • 8 de nov. de 2018
  • 1 min de leitura

Atualizado: 20 de mai. de 2019


Descobri um filme singelo: Anina. Uma menina de nove anos e seu processo de construção de si, em um ambiente escolar com muita hostilidade e algumas tábuas de salvação, e em uma relação familiar bem mais acolhedora. Uma cena foi inesquecível: mãe e filha jogando para cima um manual de criação de filhos que a idosa vizinha deu. Anina comemora: “Você não precisa de um manual para me criar!” Pensei mais profundamente sobre o processo de busca de luz para criação de filhos da perspectiva da criança. Anina comemora a despedida do livro porque aquilo garantiria que a mãe dela continuaria ali, continuaria falando por ela, desde as vísceras, e não robotizada desde algo externo. Entendo quando chegamos nesse ponto, de não saber o que fazer e adotar a solução que traga a promessa de que tudo mudará. Mas se não olhamos para nossas necessidades, sentimentos e de onde eles vêm, a mudança não se sustenta. E, mais grave, nos perdemos ali e nossos filhos não nos encontram. Essa desconexão gera muita dor. É possível ler, olhar pra nossa história, repensar, ou melhor, ressignificar e se curar. (Uau, que chance essas crianças nos dão!) Desde esse lugar genuíno, até recolher as folhas do livro e avisar Anina que está tudo bem. Há bons livros. O importante é a gente não calar nossa voz interna. Que é só essa que os nossos filhos amam e reconhecem.

 
 
 

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