E quantos de nós seres humanos são capazes de atravessar a vida vivendo em máximo potencial?

Emociona, né? Mas fiquei meio cabreira dessa vez: soube que essa pequena tartaruga tem uma chance em mil de atravessar viva até a idade adulta! Credo! Uma só em mil tartarugas não viram comida de peixe ou sei lá. Tem que ser forte. Aí, olhando minha pequena segurando, pensei em nós humanos. Que bom que sobrevivemos em taxa maior, mas... quantos em mil conseguimos cumprir a tarefa sermos nós mesmos no nosso máximo potencial, deixar pra esse mundo nosso melhor, conseguir ser amor, perdão, inteireza, presença? Acreditar, ser corajoso, responsável... a despeito das pressões do meio, obstáculos, censuras, palavras cortantes, crises internas, crenças, distrações... quantos cumprimos essa tarefa? A culpa não é toda da mãe, mas é duro ter que reconhecer que quanto mais eu me olho, me esforço, medito, cresço, quanto mais eu tolero, libero, aceito, suporto ser dispensável, amo, acolho com abraço ou só com silêncio... mais contribuo pra que eles atravessem inteiros e fortes até outra etapa. Não é tudo, mas é minha parte. Quantos em mil? Não sei, mas o certo é que torço aqui pra meus obstáculos nesse caminho de mãe eu conseguir atravessar com sabedoria pra vê-los nadar fundo, livres, longe...